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Dia nacional da conservação do solo

O texto aborda a importância da conservação do solo e da água, destacando três datas importantes: 15 de abril (Dia Nacional da Conservação do Solo), 22 de abril (Dia Internacional da Mãe Terra) e 5 de dezembro (Dia Mundial do Solo). A data de 15 de abril foi escolhida em homenagem a Hugh Hammond Bennett, considerado o "pai da conservação do solo" nos Estados Unidos. O texto também enfatiza a importância da conservação do solo e da água para a gestão ambiental, uma vez que a erosão, a poluição e as mudanças climáticas têm impacto direto na fertilidade do solo, na segurança alimentar e na qualidade de vida das pessoas. O texto conclui ressaltando a importância da conscientização e da adoção de práticas sustentáveis na gestão dos recursos naturais.

Última atualização: 2023/04/18 5:34:47

Existem três datas para comemorar o dia da conservação do solo: 15 de abril (Dia Nacional da Conservação do Solo); 22 de abril (Dia Internacional da Mãe Terra) e 5 de dezembro (Dia Mundial do Solo). As três nos levam a pensar sobre como tratamos a terra.
O Dia Internacional do Solo foi estabelecido durante o XXVII Congresso Mundial de Ciência do Solo, em Bangkog, Tailândia, em 2002, pela Sociedade Internacional de Ciência do Solo (IUSS). Foi escolhido o dia de 5 de dezembro como homenagem ao Rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej, em função de sua dedicação em promover a ciência do solo, enfatizando a conservação do solo como uma questão ambiental.
A outra data, o Dia Internacional da Mãe Terra (22 de abril), foi criado nos Estados Unidos pelo Senador Gaylord Nelson, falecido em 2005, e depois estendida para quase todos os países. O objetivo principal desse dia é conscientizar sobre a necessidade da preservação e conservação dos recursos naturais. E no dia 15 de abril comemoramos o Dia Nacional da Conservação do Solo, conforme a promulgação da Lei Federal n. 7.876, de 13/11/1989. A escolha dessa data foi em homenagem a Hugh Hammond Bennett, o pai da conservação do solo nos Estados Unidos. Esse dia propõe uma reflexão sobre a conservação dos solos e a necessidade da utilização adequada desse recurso natural.

A HISTÓRIA NOS MOSTRA A IMPORTÂNCIA DE CONSERVAR O SOLO E ÁGUA

Desde 1989, comemora-se o Dia Nacional de Conservação do Solo, em 15 de abril, uma oportunidade de aprofundar os debates sobre a importância do solo e a necessidade da utilização adequada desse recurso natural. A data foi escolhida em homenagem a Hugh Hammond Bennett (1881-1960). Considerado o “pai da conservação do solo” nos Estados Unidos, ele foi líder do movimento pela conservação do solo, ainda na década de 1920. Seu trabalho influenciou a criação do Serviço de Conservação do Solo, hoje chamado Serviço de Conservação de Recursos Naturais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
No Brasil, a conservação dos solos geralmente também está atribuída a órgãos de gestão relacionados à agricultura, já que a erosão e o uso de determinados inseticidas são grandes problemas que podem levar à perda de nutrientes do solo e consequentemente de sua capacidade produtiva. No caso de São Paulo, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento atua no sentido de monitorar e prevenir a erosão, e melhorar as condições do solo para garantir a continuidade de seu uso.

DE OLHO NO CAMPO

Mas, isso também tem tudo a ver com a gestão do meio ambiente. É importante lembrar que a erosão não ocorre apenas em áreas de agricultura,  pois áreas florestais desmatadas também podem sofrer com esse problema. Outros prejuízos derivados da degradação do solo são o selamento da terra, que agrava as enchentes, e os solos degradados captam menos carbono e outros gases de efeito estufa – GEE, interferindo nas mudanças climáticas. Ao mesmo tempo, as mudanças climáticas também afetam a qualidade do solo. Temperaturas mais altas e eventos climáticos extremos, como secas, inundações e tempestades impactam diretamente na quantidade e fertilidade do solo. Chuvas ácidas provocadas pela poluição também podem afetar na destruição das árvores, tendo deslizamentos como consequência, tal como aconteceu na Serra do Mar, na década de 1980. Apesar de sua importância, tanto para a alimentação da população e de animais, quanto para o meio ambiente, um relatório de 2016 das Nações Unidas revela que 33% dos solos do mundo estão degradados por erosão, salinização, compactação, acidificação e contaminação.
Na América Latina, cerca de 50% dos solos estão sofrendo algum tipo de degradação. Somente a erosão elimina 25 a 40 bilhões de toneladas de solo por ano, no mundo todo. Como resultado, as perdas de produção de cereais, por exemplo, foram estimadas em 7,6 milhões de toneladas por ano, no mundo. Isso afeta a segurança alimentar, aumenta os preços dos alimentos e pode levar milhões de pessoas à pobreza e à fome. No Brasil, os solos sofrem com erosão, salinização, poluição e acidificação. A agricultura tradicional retira mais nutrientes do solo do que repõe. Isso acontece por falta de conhecimento a respeito de práticas sustentáveis e de políticas públicas de apoio ao pequeno produtor.
Assim, mesmo sem trabalhar como agricultores, nós também podemos fazer a nossa parte, ao adotar práticas que minimizem os impactos relacionados às mudanças climáticas e ao escolher alimentos que foram produzidos de formas sustentáveis, como agricultura orgânica,  transição agroecológica e sistemas agroflorestais.

EXEMPLOS DE CONSERVAÇÃO DO SOLO E ÁGUA

O Paraná vem realizando, desde a década de 70 do século anterior, grandes esforços na recuperação e preservação do solo, com resultados exitosos em muitas regiões do Estado e em muitos momentos desse período. Com isso o estado passou ser referência para o mundo no que diz respeito ao trato com solo, graças ao esforço de um grande contingente de técnicos e entidades.
Outros estados como Rio Grande do Sul e o estado catarinense também tem bons exemplos de práticas conservacionistas do solo. Isso se deve ao grande trabalho desenvolvido pela Embrapa, Emater e Epagri. Profissionais preocupados em adotar tecnologias que poluam menos, produzam mais e conservam o nosso solo. No entanto, o entendimento equivocado e até mesmo o esquecimento dos fundamentos básicos de solo, bem como do conjunto de fatores que ocasionam a degradação do solo, fizeram com que passássemos a ter grandes prejuízos ao sol ocasionado principalmente pela erosão hídrica. Assim, retornaram em muitas paisagens do nosso Estado, as marcas desse fenômeno. Por isso é fundamental que adotamos o SPD – Sistema de plantio direto e o SPDH – Sistema de plantio direto de hortaliças. Práticas simples e eficientes que tem como premissas básicas cobertura do solo o não todo, rotação de culturas, adubação verde e somadas a outras práticas como construção de terraços e uso racional de agroquímicos.

AGRÔNOMO LANÇA LIVRO DEDICADO AOS AGRICULTORES(AS)

No dia 01 de abril de 2023 ás 09h00min na Livraria Objetiva de São Miguel do Oeste – SC ocorreu o lançamento do Livro “Rotas para a Agricultura Sustentável”. Escrito pelo engenheiro agrônomo André Luiz Rech, conceituado profissional de ciências agrárias e um defensor da produção sustentável. Nas últimas décadas, observamos a evolução da agricultura em diversos aspectos. A agricultura tornou-se cada vez mais especializada (industrial = baixa biodiversidade) com operações cada vez mais intensas e a produtividade, assim como a rentabilidade cada vez menores. Observamos em nosso país a abertura de novos campos agrícolas e os solos já cultivados se degradando safra após safra. Diante disso surge a pergunta: Como podemos desenvolver a agricultura de forma mais eficiente? Uma perspectiva sistêmica é essencial para entender a sustentabilidade, assim como, conhecer melhor o solo e os ciclos inerentes a esse sistema. As pessoas interessadas em adquiri o livro irão encontrar nas melhores livrarias do Brasil como a Livraria Objetiva de São Miguel do Oeste – SC ou podem adquiri pela internet no mercado livre. Um livro simples, mas com grandes dicas para produzirmos de forma sustentável.

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