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Família aprende a lidar com os desafios de criar trigêmeos prematuros

Conheça a história dos trigêmeos Daniel, Alice e Gabriel, filhos do casal Marciela e Evandro Schafer, de Romelândia. A comunidade está mobilizada para auxiliar a família e você também pode ajudar

Última atualização: 2018/09/28 5:45:53


Uma gravidez é um momento especial na vida de qualquer casal. Mas imagine saber que ao invés de um bebê, serão três. Foi com um misto de felicidade e apreensão que o casal Marciela e Evandro Schafer recebeu a notícia de que seriam pais de trigêmeos. “Foi um susto! Saber da gravidez é uma emoção, mexe com a gente, mas quando aparece no ultrassom três ‘bolinhas’, você não sabe se ri, se chora, é um desespero, não sabe se corre (risos). Foi bem emocionante, mas também apavorante, porque como pais, você sabe que são três pessoazinhas que são sua responsabilidade. É um misto de emoções”, relembra Evandro.

Daniel, Alice e Gabriel nasceram com 29 semanas de gestação. Por ser uma gravidez de risco, o parto foi realizado em Chapecó. Devido a complicações na hora de dar à luz, Marciela entrou em coma, passou 10 dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), entubada, onde teve pneumonia, infecção generalizada e precisou receber mais de 20 bolsas em transfusões de sangue. Apesar as dificuldades, Marciela sobreviveu e pôde auxiliar Evandro nos 58 dias que os trigêmeos permaneceram na UTI Neonatal em Chapecó.

Hoje com cinco meses após o nascimento, os trigêmeos estão bem, salvos, mas precisam de uma série de acompanhamentos para compensar a prematuridade. Gabriel, no final do processo de internação na UTI, apresentou um quadro de hidrocefalia, o que gerou a necessidade da implantação de uma válvula na cabeça e outros cuidados especiais. Além dos trigêmeos, o casal ainda tem a filha Bianca, de dois anos, que ficou afastada da mãe e do pai em muitos momentos.

Após tantos desafios e adversidades, o casal comemora o simples fato de a família poder estar junta, em casa, no lar. “É uma vitória, ver eles com saúde, em casa”, comenta Marciela. “O fato de estar em casa, tem muito significado para nós. Em casa, em qualquer lugar, mas juntos”, complementa Evandro.


Solidariedade

Logo ao saber da gravidez de trigêmeos o casal já iniciou contenção de gastos, mas as economias geradas não foram suficientes. Evandro acrescente que o casal tem recebido muita ajuda, de pessoas que enviam fraldas e outros itens, mas a questão da saúde fragilizada dos bebes agrava a situação. “Hoje nossos filhos têm que fazer certas consultas e exames para eles conseguirem suprir essa necessidade por serem prematuros, do Gabriel suprir essa questão da hidrocefalia. E o SUS fornece boa parte desse atendimento, mas como crianças prematuras, eles não podem ficar seis meses esperando uma consulta, quatro meses para um exame. Quatro meses para eles é uma perca muito grande nesse desenvolvimento. Algumas coisas a gente acaba fazendo particular, vendo o que tem, pega emprestado. Quando falei de reserva, já foi a nossa, já foi a dos avós, de tudo que dava para pegar”, revela.

Para ajudar, amigos organizaram uma rifa. Evandro acredita que será um meio importante para garantir o tratamento dos filhos. “Estamos nos apegando a essa rifa que o pessoal está fazendo, para ajudar nessa dificuldade que é dar o atendimento. Acho que a maior angustia que tem, não só nossa, mas de qualquer pai ou mãe, é deixar faltar algo para seu filho. Não algo supérfluo, mas uma necessidade. Nenhum pai se perdoa se um dia chegar faltar”, comenta.

Uma rifa no município de Princesa também está sendo organizada para ajudar. Interessados em auxiliar a família com a compra das rifas ou outras doações, podem entrar em contato com o telefone (49) 984162979 (WhatsApp). “Qualquer coisa que vier, será muito bem-vinda e aceita de coração”, comenta Marciela.


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