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Santa Catarina dá início à colheita da maçã

Santa Catarina, maior produtor de maçã do Brasil, espera uma excelente safra de frutas de alta qualidade. Estima-se que o estado produza 570,8 mil toneladas de maçã em 15,3 mil hectares, com mais da metade da produção total do país. As principais variedades produzidas em Santa Catarina são Gala e Fuji. A indústria da maçã contribui com cerca de 50% da produção de frutas do estado, com um valor total de cerca de R$ 570 milhões (US$ 101 milhões). Além disso, a cadeia produtiva da maçã do estado contribui com mais de R$ 2,5 bilhões (US$ 445 milhões) anualmente para a economia. Além disso, Santa Catarina é a única região do Brasil a obter o status de indicação geográfica da maçã Fuji, o que significa que a qualidade e as características da fruta são derivadas de fatores geográficos e humanos da região.

Última atualização: 2023/04/03 10:39:48

Maior produtor nacional de maçã, Santa Catarina espera uma safra com frutas de excelente qualidade e sabor. A abertura oficial da colheita ocorreu na última sexta-feira, 10, em Fraiburgo, e contou com a presença do secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Valdir Colatto.

Santa Catarina espera uma safra de 570,8 mil toneladas, mais da metade de tudo o que é produzido no país, em 15,3 mil hectares plantados. Segundo o diretor executivo Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM), Moisés Lopes de Albuquerque, este ano os produtores irão recuperar os patamares históricos de produção e o clima contribuiu para uma safra diferenciada. “O clima foi favorável para formação de frutos de excelente qualidade. Nessa safra teremos frutas saborosas, crocantes, suculentas, coloridas e aromáticas, da forma que os consumidores gostam”, ressalta.

O estado conta com aproximadamente três mil produtores, basicamente agricultores familiares na região de São Joaquim e Fraiburgo. Em Santa Catarina, as principais variedades produzidas são Gala e Fuji.

Importância econômica, cultivares disponíveis e indicação geográfica da maçã fuji

Em valores brutos da produção, a maçã contribui com cerca de 50% da fruticultura estadual, um total de R$ 570 milhões. Para a armazenagem, distribuição e comercialização em mercados atacadista e de varejo, há o envolvimento de outros serviços, que ampliam a contribuição da cadeia produtiva e de comercialização de maçã para mais de R$ 2,5 bilhões anuais na economia catarinense.

A Epagri é a única instituição no Brasil que faz melhoramento genético de macieira. Esse trabalho já colocou à disposição dos fruticultores 20 cultivares de maçã de alta qualidade, adaptados ao nosso clima, resistentes a doenças e com alta produtividade. Os cultivares Luiza, Venice e Isadora, desenvolvidos pela Empresa, estão sendo comercializados no mundo sob a marca Sambóa.

A Empresa também desenvolve e difunde uma série de tecnologias de produção, manejo de pomares, combate a doenças e tecnologia de armazenagem dos frutos com qualidade, cujos trabalhos são essenciais para garantir que o Brasil seja um dos maiores produtores de maçã do mundo, mesmo sob condições de clima tropical a subtropical.

A Maçã Fuji da Região de São Joaquim foi a sexta Indicação Geográfica (IG) conquistada por Santa Catarina. A certificação, na categoria de Denominação de Origem (DO), abrange uma área de 4.928 km² nos municípios de São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urupema, Urubici e Painel.

Uma IG atesta que um produto só tem aquelas características porque é produzido de determinada forma, ou porque tem notoriedade na produção. A Denominação de Origem parte do pressuposto de que as características geográficas (naturais e humanas) dessa região determinam a singularidade e a qualidade do produto.

Santa Catarina faz parte da única região do mundo a erradicar a Cydia pomonella. A praga, também conhecida como traça da maçã, pode causar grandes prejuízos aos produtores rurais e está longe do território catarinense há quase 10 anos.

A Cydia pomonella é considerada o pior inseto praga da fruticultura no mundo e mantê-la fora de Santa Catarina exige um trabalho contínuo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e produtores rurais.

A abertura de mercados é apenas um dos resultados obtidos após a erradicação da praga, pois a qualidade geral dos frutos também é preservada, uma vez que não é necessário o uso de inseticidas para o controle da doença nos pomares.

Santa Catarina mostra mais uma vez seu potencial no meio rural com a produção de maçã. Já temos outros setores da agropecuária como suínos, frangos e leite que se destacam pelo potencial existente, mesmo que o estado se caracteriza por pequenas propriedades rurais

A Declaração de Aptidão Pronaf (DAP), documento que vem sendo substituído gradativamente pelo Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) desde 2022, ganhou novo prazo de validade pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), do Governo Federal.

No dia 7 de fevereiro o ministro Paulo Teixeira assinou uma portaria autorizando a prorrogação dos prazos de validade das DAPs por mais um ano. O documento orienta que as DAPs vencidas entre 08 de fevereiro de 2023 e 31 de janeiro de 2024 estarão automaticamente prorrogadas por 12 meses. Já as DAPs que venceram até o dia 7 de fevereiro de 2023 deverão ser substituídas pelo CAF.

Em Mato Grosso do Sul e na maioria dos estados brasileiros a substituição da DAP pelo CAF teve início em junho de 2022, mas muitos produtores apresentaram dificuldades em emitir o documento devido a falhas no sistema emissor. Nesses casos, os agricultores familiares devem entrar em contato com o próprio ministério, que é o órgão responsável pela emissão. As dúvidas e reclamações devem ser dirigidas ao e-mail atendimento.cocaf@agro.gov.br ou telefone (61) 9965-6115 (ligação ou WhatsApp).

O ministério afirmou que “a portaria, assinada pelo ministro Paulo Teixeira, garantirá o acesso às políticas públicas voltadas para o campo, enquanto o sistema do Cadastro da Agricultura Familiar (CAF) está sendo aperfeiçoado para melhor atender as agricultoras e os agricultores familiares”.

A inscrição ativa no CAF é o requisito básico para obtenção do acesso às políticas públicas direcionadas ao desenvolvimento e ao fortalecimento da agricultura familiar, tais como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o Programa Alimenta Brasil (PAB), o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), entre outros.

O documento é importante para identificar as unidades familiares de produção rural, empreendimentos familiares e formas associativas, e regularizar esses trabalhadores. “Esse registro proporciona aos Agricultores Familiares o acesso a seus direitos e facilidades para serviços de regularização fundiária, assistência técnica, crédito rural, dentre outras políticas públicas”, ressaltou o diretor-executivo da Agraer André Nogueira Borges.

Quem tiver dificuldade de obter esse documento (CAF) deve procurar o seu sindicato ou entidade de assistência técnica e extensão rural para obter maiores informações e regularizar sua situação. Porém as entidades que emitem esse documento estão com dificuldade na operacionalização, pois o sistema está muito instável e em sua maioria não funcionando. Então se pede calma até que volte a normalidade.

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