Algumas datas seriam preservadas, como Natal, Réveillon e Carnaval
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou
hoje projeto de lei que transfere para segunda-feira os feriados nacionais que
caírem entre terça e sexta-feira. Algumas datas seriam preservadas, como Natal,
Réveillon e Carnaval.
A proposição, de autoria de Dário Berger (MDB-SC), é
terminativa e recebeu aval por unanimidade na comissão (14 a 0). Se nenhum
parlamentar pedir votação em plenário em cinco dias, a matéria seguirá direto à
Câmara dos Deputados.
Na prática, a proposta “estica” os fins de semana
que coincidem com feriados, mas acaba com as folgas “extras” –
geralmente segundas ou sextas – dos feriados que caem às terças ou
quintas-feiras.
Exceções
Algumas datas foram sugeridas como exceção para a
antecipação de feriados:
1º de janeiro (confraternização universal)
1º de maio (Dia do Trabalho)
Corpus Christi
7 de setembro (Independência)
12 de outubro (Nossa Senhora Aparecida)
25 de dezembro (Natal)
Feriados que caírem nos sábados e domingos
O projeto de lei também cita o Carnaval entre as exceções —
apesar de esse não ser um feriado nacional.
O relator, Jorginho Mello (PL-SC), inseriu uma emenda ao
projeto que aglutina às exceções os feriados locais, isto é, “reservados
ao disciplinamento pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos
municípios”.
Em seu voto, Mello diz concordar com os argumentos do autor
que “os feriados prolongados não geram apenas prejuízos econômicos para o
país, mas também educacionais, com a perda de preciosos dias letivos em razão
da extensão do feriado aos dias que o antecedem ou que a ele se seguem”.
No texto, o proponente justifica a iniciativa como uma forma
de “evitar a redução do número de dias úteis em razão da quantidade
excessiva de feriados, situação essa agravada quando as efemérides ocorrem
entre as terças e sextas-feiras, popularmente conhecido como enforcamento dos
dias úteis”.
“Além de gerar graves problemas administrativos, essa
prática prejudica o ritmo e a continuidade do processo de aprendizagem em todos
os níveis e modalidades de ensino”, comenta o relator.
Na Câmara, a matéria será distribuída às comissões e, se for
levada ao plenário, precisará de maioria simples para ser aprovada.
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